quinta-feira, 6 de maio de 2010

personagens e drops de laranja.



Eram apenas personagens, por que não entendiam isso? Que mania esquisita era essa a de acharem que possuíam uma tão grande importância? E ainda por cima acabaram meus drops de laranja. Odeio esses medos tolos de alguns personagens em qualquer proximidade com a vida real. A vida real é aqui fora, e já está cheia, doce. Personagens são escritos no tempo livre, enquanto ainda existe tempo livre. E eu os escrevo como quiser: melosos, medrosos, sensatos, tolos, enfim... Sim, eu também sou um personagem; a diferença é que conheço a narradora de outros carnavais e ela me deve alguns favores. Posso sair daqui quando achar por bem, como quem sai de uma festa sem se despedir dos anfitriões. Personagens com mania de grandeza são estranhos, e me cansam. Com mania de grandeza basta eu! Ai, ai, esqueci minhas meias novas por aí. Andar por aí também me cansa. E a chuva que durou apenas dois minutos... Quando eu ia começar a construí-la como personagem, ela partiu. Melhor assim, escrevo menos e dá tempo de ir comprar mais drops de laranja antes do próximo capítulo da vida real. Nos vemos em algum texto por aí, doce.

3 comentários:

  1. esses personagens que fogem do controle tem que ser pegos à quatro mãos, acho.

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  2. confuso mesmo é quando as personagens tornam-se mais reais que o personificador... ai! será que são minhas mãos?

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  3. Seus personagens estão acabando com os seus drops de laranja?

    Talvez deva raiar com eles. Ou não. Talvez deva colorí-los e deixá-los acontecer.

    Já tentei ser uma. Mas nunca fui boa nisso, muito embora pensem o contrário. Tenho medo de me deixar levar pelo tempo psicológico e perder a alegria e a leveza no que estou sentindo e vivendo. Tenho medo que a realidade encubra meus sonhos.

    Um beijo

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