quinta-feira, 1 de abril de 2010

Agora vou embora.
Será que etnógrafos nunca mais têm uma casa?
Será que não se sentem em casa nunca?
Parece que refresca sempre depois que eu parto.
Uma vida em busca de ventos frescos.
Eu soprei em vão, não soube ser vento.
Uma vez trombei com a tempestade e nós nos deixamos.
Eu sou muitomuitomuito triste e não sei o motivo.
Tenho muitas motivações para a vida,
mas elas me escapam como quando eu corria atrás dos vaga-lumes.
Minha mãe diz que eu era uma guriazinha bastante feliz.
Cadê essa pequena?

5 comentários:

  1. Não sei se fui uma guriazinha bastante feliz, mas eu sempre procuro pela pequena que fui, afim de não me perder totalmente.

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  2. Dever estar escondida dentro de uma gaveta...
    bjs

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  3. A felicidade muitas vezes se esconde numa caixa chamada coragem... Tomara que ache a chave! Um bjo!

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  4. ah, minha bonita, somos bem menos dissonantes em muita coisa do que parece! rs... Me escapam tb muito rápido todas as possíveis motivações que surgem como sopro de vida...

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  5. Etnógrafos dividem quarto com antropofagos, dentro da cabeça de cada um.

    Lindo, seu texto, sim sim. Dúvido que um dia se lembre da guriazinha feliz.

    beijo.

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