quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

arapey.

Esmalte colorido: tentativa de revitalização
eu gostaria de saber/
como foi o seu dia

Olhares temerosos, miradas embotadas,
uma mesa de computador
E se por acaso eu descobrir um ônibus que parta antes de quinta-feira?
E se o carnaval chegar?

Fazer o ar nutrir com leveza aquilo que me compõe
Minhas mãos tremem, como as de minha mãe
Busco ainda ter fé
Tomar banho de chuva com sol (a raposa casaria com quem?)
o sol esquenta a pele e a chuva simula alfinetar, mas não traz dor:
é existir.

As termas del Arapey
hablar, tentativas, como criança
Águas mornas no Uruguai
quando lagartos eram bonitos como pássaros
e se podia temer as descidas de tobogãs.

Rugas,
e ao chegar o novo dia, eu também não me quero arrasada no espelho,
meu caro Cisneros.

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E falem o que quiserem, mas ver o Sérgio Dias tocando Jardim Elétrico foi lindo.

5 comentários:

  1. Eu queria tomar banho de chuva.
    Nunca mais fiz isso.
    E fez parte da minha infância.
    Infância, só vejo em fotos.
    Criança, está aqui em algum lugar, tenho certeza.

    Um beijo, belo texto! :)

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  2. "o sol esquenta a pele e a chuva simula alfinetar, mas não traz dor:
    é existir."
    é só existir...
    como "viver é deixar viver" ♫♫

    :)

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  3. A raposa casaria com: sol e na lagoa...

    É; foi bem fraquinha... mas me senti instigado...

    Abraço!

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  4. ê! valeu pela visita no blog.
    realmente rolou uma agonia. a de esperar.

    =)

    beijo,
    Luc

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  5. Hj eu queria pintar minhas unhas de vermelho, mas descobri a pouco q agora sou alérgica a esmalte...Menos cores em mim...

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