segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
fragmentos da nossa história com a Clarabóia.
Eu e meu esposo temos uma coruja de estimação, ela se chama Clarabóia. A coruja mora no alto do limoeiro que fica em frente a nossa casa. À noite, Clarabóia voa até o portão e nós duas esperamos meu esposo chegar no ônibus amarelo. Quando das minhas viagens, a coruja espera sozinha, e no meu retorno conta se meu esposo esteve cheirando a conhaque. Nas noites em que ele começa a tocar, eu sento a seus pés, Clarabóia pousa na janela e piscamos uma para outra. Meu esposo se preocupa toda vez que a ave gira o pescoço, tem medo dela se machucar; eu acho graça. Clarabóia não costuma entrar em casa. Entretanto, na semana passada, eu e meu esposo colocamos um papel de parede antiquado na sala da frente, quando terminamos, ela voou, pousou no abajur (desligado, felizmente) e ficou olhando a parede com grandes olhos de coruja em dúvida. Nós três rimos da breguice do papel e depois Clarabóia voltou ao limoeiro. Eu e meu esposo somos um tanto bregas, rimos de comovidos, já a coruja eu não sei.
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Há (desculpe) um erro.
ResponderExcluirNão há fragmento. Há tudo nesse (des)dizer. Em poucas palavras, conheço-os bem, melhor que a mim mesmo, deveras.
Conheço os gestos e esperas e até a dúvida clara com abjur desligado (felizmente mesmo).
Rio feliz de toda a breguiçe ingênua. Se fosse de outra forma...
Abraço!
Papoético:
aturlitera.blogspot.com
queria vc aqui!
ResponderExcluirA coruja, em sua sabedoria silênciosa, via um amor-futuro-brega, feito o papel de parede.
ResponderExcluirMais um texto e tanto.
beijo.
gostei :)
ResponderExcluirserah que eh por que eu sou meio brega ...