sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Ninguém estava acreditando naquilo de vida em cor-de-rosa mesmo.
Cecília não tinha certeza do que seu próprio olhar dizia.
A noite quente nem incomodava.
Os olhos invertidos.
Cecília estava sentindo falta daquela paz,
agora ela percebia.
O corpo quente – sentir o amor queimando a pele todos os dias?
“Dá a mão?
Não me olha com os olhos invertidos de quem quer me odiar mas não pode”.
Cecília não conseguiu falar.
Ele era tão lindo.
Ele ainda era o menino mais bonito de qualquer festa.
Dançar pela antiga avenida de madrugada.
Quer?
Cecília sentia-se segura.
“Me esconde aqui, nesse silêncio?”
Cor-de-uva.
Ela lembrou os dois caminhando no inverno.
Geada.
Cecília queria sentir a geada.

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