segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Adios

Uma vez eu disse a um pirata:
- Não sou monogâmica, mas te quero por inteiro.
A frase saiu de uma maneira calma.
O pirata entendeu isso; foi um dos poucos.
Interessante como as questões mal resolvidas continuam as mesmas.
Os temores também.
Minhas mãos tremem, sempre.
Eu continuo repetindo a frase que disse àquele pirata; mas para outros salteadores.
Agora penso:
“De cada amor tu herdarás só o cinismo”...
Menos do amor com o CrisK.
Desse amor nós herdamos a doçura e a poesia.
Nem tudo se perde nessas fronteiras do Mercosul.
Tomaremos um mate, dançaremos tango e diremos adios.
E será belo.
Minhas mãos tremem, sempre.
Continuo não entendendo a posse.
A propriedade continua sendo um roubo.
Mas entendo a entrega, duradoura ou não.
E entendo andar de mãos dadas, tremendo ou não.

4 comentários:

  1. dona, ver vc misturar proudhom, cartola, pilhagem, direito internacional e a poética de cecília, me deu tremura nas mãos...doce tremura.

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  2. venho aqui de vez em quando, sempre silenciosa, mas desta vez não teve jeito: adoro seu jeito de dizer!
    teutos :) abraços de longe. Caroline

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  3. Que bom o seu texto!
    Mas juro que não furtei o seu título! Haha!
    Um beijo e obrigado pela visita!

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