domingo, 4 de março de 2007

quadriculada.

Odeio ter sido quadriculada. Não quero Arnaldo Baptista saltando de janelas. Boca seca da ressaca. Saudade de réguas e estojos divertidos. Nem tenho mais estojo. Até isso a vida de gente grande nos tira: os estojos. Palavra feia. Vontade de tomar um café bem forte com Foucault. Não gosto dessa biblioteca. Não parece biblioteca, é barulhenta e clara. Começou a chover. Não trouxe minha sombrinha azul com bolinhas brancas. Loser tomar chuva de ressaca. Loser ter um bandaid no pulso. O cheiro do detergente do balde da moça que limpa a biblioteca me enjoa. O que eu vou fazer? Chiliques epistemológicos. Vontade de tomar coca-cola de garrafinha de vidro com Foucault. Medo dos trovões, mas não se faltasse luz. Isso não é um poema. Amo comprar saias em brechós. Amo comprar saias. Não posso ir para Porto Alegre. Preciso! Péssima construção frasal. Remeta-me. Não sou Ana Cristina. Lembro Ana Cristina branca, vestido branco, em um quarto branco, manhã branca. Eu era uma menininha de vestido colorido, bem bem bem colorido. Vamos fazer terrorismo de linguagem, meu amor? Amor cor de uva.

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