domingo, 11 de março de 2007

amargo-querido.



A vida como uma saída de clown. Bufão? Tu acha? Escuto Villa Lobos. O vinil que Cris me deu. Sinto dor de dente. Estou engraçada hoje. Brava e engraçada ao mesmo tempo. Diovanna anda com Carolina pela casa. Minhas pequenas. Queria um sofá xadrez, em cores berrantes. Que tu me comesse em um sofá xadrez. Eu berrando entre cores berrantes. Gosto da máquina de escrever. É mais séria que o computador. Gosto de roer as unhas enquanto penso em ti. O que eu vou fazer contigo? Tu vai me dar trabalho, eu sei. E ainda por cima, não vai me comer. Talvez isso me encante. Como ele não quer transar comigo? Nem entre cores berrantes! Quero que tu me salve. Ninguém nunca me salvou. Estou vestindo bata hoje, acredita? Gosto daquelas buzinas de algodão-doce. Era amarelo o algodão-doce o qual disputamos, né? Naquela hora eu já soube que um dia tu ia me dar trabalho. E eu nunca fui uma rapariga trabalhadeira. Agora tenho que ser. Preciso te sustentar. E nem tenho nariz grande.

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