segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

uma flor guilhotinada.
e não foi no País das Maravilhas
lâminas verdadeiras,
seiva jorrando, forte como o sêmen que um dia a alimentou.
uma flor morta,
figura mais triste dentre as figuras tristes.

dias antes, noite de um morno-fresco, vestido azul levantando com o vento soprando contra a moto, ela sentiu cheiro de jasmim quando passavam na baixada do arroio e abraçou forte a cintura dele.

agora este cheiro de jardim apodrecido,
dificuldade em respirar,
receita de analgésicos e ansiolíticos.
uma flor guilhotinada,
regadores chorando sobre um vazio gigante demais para qualquer germinar.

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