sexta-feira, 13 de maio de 2011

notas encontradas em um grande caderno de capa vermelha.


Há sempre mais a dizer, mas me parece difícil explicar o desplazamiento. É algo de tristeza, tédio, timidez, solidão, ansiedade, estranhamento e medo. Medo porque eu sei que as experiências marcam, cavando ainda mais esse desplazamiento dentro de mim.

Eu percebo que nunca sei me portar adequadamente.

Tantas coisas que não se pode olvidar, ainda que se olvide,
não se pode!
Olvidar é uma maneira de não ter mais medo, porém alguns medos fazem morada
[e outros medos fazer amor?]
Não olvidar... Não duvidar
Falar a mim mesma como se eu fosse tu em viagem até meu corpo
Eu sou tu em meu corpo
Eu sou tua cabana, até quando queiras
Não disponho de nada
Não deponho por nadie
A vida sem vias
Salvação?
Dizem que é bonito lá fora.

7 comentários:

  1. "Era lindo mas eu morria de medo.
    Tinha medo de tudo quase: cinema, parque de diversão, de circo, ciganos. Aquela gente encantada que chegava e seguia. Era disso que eu tinha medo. Do que não ficava pra sempre."
    Texto de Antonio Bivar

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Ai, céus!
    Fez eu me doer inteita!
    Tó... um bucadinho de luz pra ti!!! Espero que recebas!

    ResponderExcluir
  4. Oi danse... faz 3 anos da sua carta... Olha to em porto alegre, vamos nos ver.

    ResponderExcluir
  5. Irmos pra fora ou trazer o fora para dentro? Levei para fora o meu dentro e agora tá tudo muito igual, eu não sei mais.

    ResponderExcluir
  6. Também nunca sei explicar, talvez seja melhor assim.

    ResponderExcluir