segunda-feira, 4 de outubro de 2010
fragmentos de dias costurados com tecidos suaves ao toque.
Rosa pergunta calma quem lhe servirá chá nos dias de enxaqueca. Hernandéz responde que ele, ora essa, e ele também plantará as ervas no pequeno canteiro do terraço. A partida será só por alguns dias, uns maiores que os outros, mas os quais não formam uma vida inteira. Rosa pensa que trabalhar cansa e desenha outras cosmologias. Hernandéz arruma a mala e fotografa Rosa abraçada na coruja Clarabóia para fitar durante a viagem. Chove e venta forte naquela província, como sempre foi o costume. Rosa e Hernandéz costumam apreciar frases pequenas e comidas feitas de aipim. Ela pinta com cores vibrantes as unhas dos pés, pois sabe que ele fica excitado. Vibram juntos, por certo que também sons esquisitos como os do piano preparado de Cage, mas juntos. É primavera, os ipês floriram, como também aquela outra árvore, pequena e com flores brancas, que Rosa e Hernandez sempre esquecem o nome.
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Queria poder compartilhar minúcias. O amor é tão poderoso que nos leva às nuvens.
ResponderExcluirUm beijo.
A frase é bonita, mas também não entendo nossos motivos. Sempre te leio, mas não sei muito o que dizer, você ultimamente parece um país bem distante.
ResponderExcluirRosa e Hernandez, me soa, as vezes, com um casal Clarisse. Esses pequenos fragmentos de romance, com cor e cheiro de primavera, dá pra tatear o cenário. Lindo.
ResponderExcluirbeijo.