segunda-feira, 1 de março de 2010

Silêncio.
Nada de ar deslocado por falas,
movimento de quase não.
Abrir a boca e apenas expirar.
Um fio de linha azul dança sobre o lençol,
a respiração é a música.
O baile quieto,
o tempo de calmaria.
Nenhum som entre as curvas.
O abrir e fechar dos olhos marcando o ritmo,
o sossego ninando o corpo amansado.
A linha azul que desata seu nó.
Expirar.
Um dedo indicador corta os lábios,
ensina-os a descansar
e a adormecer entreabertos.

6 comentários:

  1. E o silêncio se faz a filosofia das palavras mudas. Onde o a alma fala, através de movimentos do corpo, com a voz da vontade. Silêncio, silêncio... até quando a noite grita.
    Linda poesia.

    beijo.

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  2. que bonito, Bê!! Singelo como a chuva que tá lá fora e a sutil corrente de ar que vaza a janela do quarto... Aquele que já foi teu. flor, vc ia gostar desses dias chuvosos que se passam por aqui. Frescor do sul. Vontade de te ver.

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  3. Não há ruído pior que o silêncio.


    Um beijo

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  4. O dedo indicador tem um poder imenso.
    Por isso a Mafalda, de Quino, só aponta as coisas com o dedo "mindim", pois julga esse o menos conspurcado!
    Um belo texto o seu!
    Beijo!
    Estou de volta!

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  5. Coisa mais linda... parabéns pelo texto.
    um beijo pra vc!

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