Silêncio.
Nada de ar deslocado por falas,
movimento de quase não.
Abrir a boca e apenas expirar.
Um fio de linha azul dança sobre o lençol,
a respiração é a música.
O baile quieto,
o tempo de calmaria.
Nenhum som entre as curvas.
O abrir e fechar dos olhos marcando o ritmo,
o sossego ninando o corpo amansado.
A linha azul que desata seu nó.
Expirar.
Um dedo indicador corta os lábios,
ensina-os a descansar
e a adormecer entreabertos.
E o silêncio se faz a filosofia das palavras mudas. Onde o a alma fala, através de movimentos do corpo, com a voz da vontade. Silêncio, silêncio... até quando a noite grita.
ResponderExcluirLinda poesia.
beijo.
que bonito, Bê!! Singelo como a chuva que tá lá fora e a sutil corrente de ar que vaza a janela do quarto... Aquele que já foi teu. flor, vc ia gostar desses dias chuvosos que se passam por aqui. Frescor do sul. Vontade de te ver.
ResponderExcluirNão há ruído pior que o silêncio.
ResponderExcluirUm beijo
o silêncio diz muito
ResponderExcluirO dedo indicador tem um poder imenso.
ResponderExcluirPor isso a Mafalda, de Quino, só aponta as coisas com o dedo "mindim", pois julga esse o menos conspurcado!
Um belo texto o seu!
Beijo!
Estou de volta!
Coisa mais linda... parabéns pelo texto.
ResponderExcluirum beijo pra vc!