domingo, 7 de março de 2010

dia 5.

seis meses.
ainda o rancor,
feito uma gangorra que sobe alto e alto e alto...
presos em posições diferentes, sem troca de olhares.
eu quase posso tocar o céu?
mas não alcanço os pés no chão, no meu chão.
solução: virar vento...
um vôo até a casa de uivo.
sei refrescar,
aprendi tocando flauta
e minha doçura cansou de brincar de gangorra.
eu acredito em mim:
no meu nome,
no meu corpo,
no meu cheiro.
eu acredito nos que posso carinhar ao ser brisa.
o rancor já não é inimigo,
nem tampouco é amor:
o rancor é passado.
ninguém mais vai doer em mim,
eu que sou vento fazendo rir as margaridas,
volto também a sorrir no voar.
nas tempestades, agarro-me em um guarda-sol
e deixo os guarda-chuvas molhados/mofados para os que têm pouca fé.

5 comentários:

  1. E voando vento, lento... até tocar o seio da paz. Mais um grande texto. Parabéns.

    beijos.

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  2. A gangorra pode muito bem virar um balanço.
    Subir, subir, cair, cair.
    Montanha russa.
    Sinônimo? Vida.

    Um beijo!

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  3. Dias de personalidade se aproximam.

    E não vamos parar tão cedo.


    Um beijo

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  4. Vira brisa e vem aqui me carinhar?! Faço isso pra vc tb!

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