Cecília não sabe se é a enorme pedra que sustenta a árvore
ou se são as raízes da árvore que seguram a pedra.
Ontem Cecília teria medo daquele murmúrio de vento;
hoje, é o antídoto.
Cecília ajoelha-se no caminho de pedras, pega as folhas úmidas e passei-as pelo corpo;
é a cura.
Ainda está sozinha, mas voltou a respirar.
Os joelhos doem na dureza do caminho de pedras e Cecília sente-os vivos.
Os joelhos e as pedras vivem no corpo de Cecília.
- Gosto das gotas que caem sem contar se moravam nas árvores ou no céu.
Aprendeu a conversar com os musgos.
Cecília passa as folhas pelos mamilos. Cecília ri. Os musgos riem.
Ela abençoa as pedras com suas lambidas.
Cecília adormece com as cantigas dos pequenos macacos.
Valeu! E viva o "Sur Real".
ResponderExcluirNão dá pra parar!
além belas imagens,
ResponderExcluira parte do "gosto das gotas..."
tem uma sonoridade linda.
beijos
é uma maluca!
ResponderExcluir:)
como se manoel de barros morasse num pequeno apartamento de frente pra uma praça. cada um tem o pantanal que lhe cabe, com a graça que pode lhe dar.
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