quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

primavera-verão.

Mas não é que as alergias voltaram com o calor?
E ela que achou estar imune.
Era cedo para esse torpor estar tão próximo, ainda era novembro.
Ela queria refrescar os dias como quem vende sacolé
(ou chup-chups se estivermos no Espírito – agora saudoso – Santo).
Sentia-se rejeitada até pelas máquinas de lavar roupa,
como se as voltas das lavadoras provocassem-lhe, propositalmente, enjôos.
Pintou as unhas,
espirrou,
dobrou a roupa,
espirrou,
leu um pouco,
espirrou.
Era a virada primavera-verão, algo dos ipês de fim de estação.
Cuidar das horas, não se atrasar, comprar um relógio novo, despertar.
Ela anotava também, comprar um ventilador, buscar sempre o frescor que nem sempre encontraria, mas buscar.
Rotações,
repetições,
espirro.

4 comentários:

  1. Linda. Bom sentir tua saudade daqui. É que se faz sentir em mim tb, que sou um pedacinho do que viveu aqui.
    Saudade de ver vc entre as cores dos retalhos espalhados pelo chão do teu quarto.
    beijos, florzinha que eu amo.

    ResponderExcluir
  2. espirrenta,
    que dia é bom para nos vermos?
    =)
    vou embora sábado.

    ResponderExcluir
  3. Por aqui, também sinto falta das suas cores.
    Quando vem?

    ResponderExcluir