terça-feira, 30 de junho de 2009

notas de um dia meio frio.

Meu tio me ensinou a prever tempestades.
A antropologia me ensinou pouco sobre nativos.
Ariel me ensinou a gostar de Sérgio Sampaio.
Estou aprendendo a morar em cidades cada vez maiores.
Um passageiro disse que as pessoas não têm melhorado.
Eu continuo desenhando quadrados.
Aprendi que sou Nativo, me exotizo.
A Academia me espia de canto de olho.
E eu gosto sempre mais das pequenas timidezes.
Tenho essa gripe constante.
Confundo as palavras como quem toma uma meia branca por outra.
Leio os clássicos e penso em um-pouco-mais-de-menos-academicismo.
Lembro das flores que me tio plantou quando parou de beber.
Eu pesquiso encantados.
As assombrações e os encantes são a minha ciência!

5 comentários:

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  2. bonito, Bê! Como vc! Tenho aprendido tanto nos últimos meses... e vc nem tá aqui pra eu partilhar tais aprendizados! Vc ia gostar de saber...
    Beijos, querida e saudosa.

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  3. Me falta a saudável simplicidade/complexidade da antropologia.
    Mas não, sou preso ainda à rigidez da ciência política e de alguns estudos jurídicos.
    Nada de academicismos, realmente.
    Para deleite, vale a pena se aceitar como nativo.
    O problema não é ser nativo...é encontrar a tribo.

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  4. Querida Beth, pena eu não encontrá-la por aqui quando voltei. fui ao Sapê, mas você já havia caido fora. lembro bem da rabugentisse e desse narizinho sempre entupido. vc não mencionou os dedinhos roídos que arrumam os óculos sem parar. felicidades na nova cidade.

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