segunda-feira, 18 de abril de 2011

dentro.

Claro está que o tempo aqui dentro passa mais depressa do que a minha respiração pode acompanhar sem faltar o ar. Mas aqui dentro surgem lembranças ágeis não combinando com clima de imobilidade. Meu interior é um mundo também composto sabe-se lá de quais/quantos extra-humanos. Bebo chá de camomila para agradar o corpo e borrifo essência de alecrim no quarto de janelas sempre fechadas. Meus olhos de bugre, que minha mãe diz herdados de minha bisavó, cansaram das miradas entre quatro-paredes, entretanto, têm preguiça da luminosidade. No mais, eu me preocupo com o que dizem os profetas, não pelas profecias, mas pelo tom de gravidade o qual sempre me emudece.