terça-feira, 31 de agosto de 2010

Descola de pijama.

Nem acho bonito sentir essa tristeza. Sinto falta do mar, do cheiro do mar marcando o ar da noite. Não sou para esses dias de pouco romance: nasci camélia. Quando criança, eu brincava em um jardim em forma de coração, me equilibrava por lá. Jardim de encruzilhada... Como eu envelheci assim? Lembra que eu cheirava à camomila? A primavera vem perto e eu não serei mais rainha. Talvez por ter perdido meu vestido de marinheira. Gosto da palavra pijama, é sincera. Hasteio meu pijama – minha bandeira contra os descolados que dormem nus. Nunca fui descolada, sou bem mais Descola! Sento na xícara-maluca para tontear minha angústia. Rodar é sempre uma fuga singela. Lembra eu+tu rodando bêbados na sauna? Foi quando a tempestade de verão encontrou o vento minuano – da série encontros grandiosos (ou/e fatais?). Eu fugiria em um barco com o pijama no mastro.
Saudade de um pirata.
Saudade de um pirata.
Saudade de um pirata.
Pi-ra-ta parece pi-ja-ma. As palavras e suas vivências conosco. Queria voltar a acreditar nas fugas, nos rompantes. Quando parte o barco para Capauari?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

balanço.

Sendo um retalho descombinado e desfiado do teu casaco, eu me encontro em abismos de jardim. Sendo tua pequena vida servida com o café-com-leite, eu saio colorida do gibi. Sendo aquela que desafina a música no banquinho-e-um-violão da nossa cama, eu saboreio casadinhos com chá de camomila. Despretensiosa sigo pretendendo corromper a tua vida até sermos tu o balanço e eu as correntes de ferro na pracinha da esquina.
O vento irá nos fazer dançar.





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sei que ando sumida, daqui e dos blogs dos amigos, mas tentarei estar mais presente..., tentarei.