segunda-feira, 26 de maio de 2008

As cores inverossímeis.

Uma viagem ainda mais para o norte. O norte pensado como uma caminhada na beira do córrego.

Ela parece muito leve para ser alcançada por quebranto. Esperava que a promessa de salvação funcionasse.

Compramos uma sacola de feira inconfundível. Bolo de cenoura. Uma térmica com café. Músicas para ouvir no Itaimbé. A sacola de feira ficou gordinha.

Eu acredito em ti. Naquelas noites eu já sentia essa mesma dor brega no peito, mas teu pranto subia mais alto que o meu; eu ia cada vez mais para longe.

“Tu que é excitante”. Na exata hora em que foi pronunciada a frase ela não conseguia ver os lábios dele. “Fiquei sentindo o teu cheiro com a foto”. E isso fez tanto sentido.

Talvez ele a tenha curado. Penso agora que talvez fosse ela quem estava doente. E também ela só sabia chorar naquele tempo. Ela chorava escondida, dentro de gavetas mofadas.

Era tão óbvio como o sol lhes fazia bem novamente.

Um comentário:

  1. Que o sol do norte não te queime a pele alva e te traga ainda mais leve...
    beijos, minha flor!

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