terça-feira, 1 de novembro de 2016

ainda sobre o seco.

(depois de um tempo longo demais, escrevo.)



Quis afagar minhas mágoas
e transbordei.
Não teve gosto de mate,
nem sombra de casinha azul.
Só meu prédio azul,
arapuca de passarinho.
Bethânia quadriculada,
ainda.
Um engano por gosto.
Eu temo o só,
tu estás solidão.
Bethânia é intensidade,
tu falas
e fica na superfície.
Sigo rio fundo.
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Saudade do tempo em que os jovens eram românticos, insanos, dementes. Agora tem os ❤s cansados.

[pausa para escutar Belchior: “amar e mudar as coisas me interessa mais”]
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Fiquei para trás.
A menina boba velha,
mais para boboca.
Quis um banho de alma,
mergulhar junto, tirar o mofo.
Deixar apenas criar limo,
lugar de caramujo.
Não se tira alguém da concha
para então se esconder.
Eu teimo em desaguar
onde está sempre seco.