terça-feira, 25 de janeiro de 2011
itaúnas.
Existem horas,
depois dos pandeiros e do banho no rio
em que ela pensa no estar junto.
Coisas da vida a qual muda mais do que ela,
Mesmo não se sentindo de todo.
E a dor volta comprimindo os músculos dos olhos,
inclusive quando ela enxerga à distância.
Algo dela a ficar na areia...
E cores na retina, mais vivência do que olhar.
Lembrando as coisas que importam.
Ela, a menina dos olhos de nuvem
nuvem nuvem
que chove quando todos esperam o sol.
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Cecília está sem relógio, não sabe a hora de retornar. Os caminhos sempre se abrem, mas as horas, quem sabe? Cecília a ouvir os pandeiros. Pequenos passos de quem esquece como bailar. No lo se, no lo se... Mira, Cecília, a rua de chão batido cortando a vila como tu já cortaste teu corpo. Mira o rio vermelho/amarelo a contar as histórias que tu não conseguias ouvir. Vamos, moça de flor, arruma o cabelo, veste uma cor e aprende o lugar. Escuta, Cecília, o canto gritado das mulheres da roda, vive o tambor. O lugar onde o mundo começou, onde tu aprendeste a ser flor e cor de crepom.
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